Boardgame que combate o abuso sexual infantil ganha destaque no Brasil

Uma escola bilíngue em Fortaleza, a TreeHouse, desenvolveu uma abordagem inovadora para combater o abuso sexual infantil. Desde o início de 2024, a instituição adotou o uso de um jogo de tabuleiro educativo, visando à prevenção do abuso sexual infantil. Este jogo é parte de um projeto pedagógico mais amplo, que se propõe a ensinar proteção pessoal de maneira lúdica e envolvente.

O jogo foi criado em resposta a dados alarmantes da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, informando que 42% das vítimas de crimes sexuais no estado são crianças até 11 anos. Para enfrentar essa realidade, a TreeHouse introduziu um programa que inclui atividades contínuas e uma cartilha educativa. O foco está em reforçar conceitos como rede de confiança e nomeação correta das partes do corpo, além de ensinar às crianças o direito de dizer não.

Ferramentas Educacionais e Suporte

A proposta da TreeHouse vai além do jogo de tabuleiro. A escola também usa o livro “Pipo e Fifi”, entre outras atividades pedagógicas, para consolidar o conhecimento sem gerar tabus. Este método é desenhado para permitir que as crianças enfrentem a questão da violência sexual de forma aberta e responsável.

Ao preparar os alunos para lidar com situações complexas desde cedo, a escola se distingue por seu currículo inovador. Educação sexual é amplamente reconhecida como uma das maneiras mais eficazes de prevenir abusos.

Ela oferece informações essenciais sobre autoproteção e consentimento, capacitando crianças para reconhecer e reagir a riscos potenciais. Importante destacar que essas iniciativas desmistificam a ideia errônea de que educação sexual induz a práticas sexuais precoces.

Importância da Educação Sexual

Além das ações da TreeHouse, diversas iniciativas semelhantes ocorrem em todo o Brasil. Campanhas como o “Maio Laranja” buscam sensibilizar a sociedade e fortalecer as políticas de proteção infantil. Em um contexto onde a maioria dos abusos acontece em ambientes familiares, essas campanhas são cruciais para a identificação e punição de agressores.

As escolas têm um papel vital na formação e proteção das crianças. Programas educacionais bem estruturados podem criar uma geração mais consciente, fornecendo ferramentas para sua própria proteção.

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