“Lésbicas Espadachins Sedentas” é o RPG de mesa do momento

O universo dos jogos de RPG é vasto e diversificado, mas poucos títulos conseguem desafiar as expectativas e trazer uma abordagem tão inovadora quanto “Thirsty Sword Lesbians”, que chega ao Brasil com o provocativo nome de “Lésbicas Espadachins Sedentas”.

A Origem do Jogo

Criado em 2020 por April Kit Walsh, uma advogada de direitos civis e designer de jogos, “Lésbicas Espadachins Sedentas” foi lançado pela Evil Hat Productions durante a pandemia. O jogo é construído sobre a estrutura do sistema “Powered by the Apocalypse”, mas se destaca por sua sensibilidade e por se afastar do tom genérico da fantasia medieval.

Neste mundo, a fluidez é a norma, os gêneros são celebrados e a espada se torna uma ferramenta de expressão emocional, mostrando que a tensão entre personagens pode ser mais explosiva do que qualquer feitiço.

Personagens e Dinâmicas

No cerne do jogo estão personagens que vivem intensamente, desejam, lutam e se machucam. Cada arquétipo proposto é um convite ao drama: a sedutora caótica, a justiceira melancólica, a princesa fugitiva e a agente secreta romântica. Os “Moves” (movimentos) do jogo permitem desde ataques cinematográficos até declarações apaixonadas em meio ao campo de batalha.

Os jogadores rolam dados para resistir a flertes, enfrentar dilemas internos e manter a pose quando tudo parece desmoronar. Essa abordagem garante que nada seja apenas físico; cada ação carrega uma camada emocional que reverbera entre os participantes.

Reconhecimento e Impacto

A ousadia e a execução primorosa de “Lésbicas Espadachins Sedentas” rapidamente chamaram a atenção da comunidade de RPG, levando o jogo a ser indicado e a vencer o Nebula Award de Melhor Jogo Narrativo em 2021, um prêmio que já consagrou autores renomados como Neil Gaiman e Ursula K. Le Guin.

Além disso, o jogo foi premiado no ENnie Awards, um dos principais reconhecimentos do universo de RPG, por sua excelência em design de jogos e acessibilidade. Para muitos, ele se tornou um símbolo de como o RPG pode ser um espaço político, afetivo e divertido, sem abrir mão da complexidade.

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