Robô que joga Jenga surpreendeu fãs de boardgames

Em 2019, o mundo dos boardgames ganhou um aliado mecânico surpreendente. Pesquisadores do MIT revelaram um robô capaz de dominar o Jenga, o clássico jogo de equilíbrio criado por Leslie Scott nos anos 1980 – no Brasil, conhecido como Torremoto. Vendido em milhões de unidades, o jogo só fica atrás de Monopoly e Scrabble em popularidade global, desafiando equilíbrio e paciência para todas as idades.

A façanha, publicada na Science Robotics, destaca como a IA transcende tabuleiros virtuais para o mundo físico, misturando engenharia e diversão.

Créditos: Photo by Alex Knight on Unsplash

Jenga: Desafio Além das Regras Simples

O Jenga usa 54 blocos de madeira, empilhados em torre de três camadas. Jogadores removem peças da base e as colocam no topo, sem derrubar tudo. Regras básicas escondem complexidades: exige visão precisa, toque sutil e intuição física para sondar blocos soltos.

Para humanos, isso flui naturalmente, graças à evolução que nos sintoniza com gravidade e inércia. Milhões de anos moldaram essa habilidade instintiva, sem necessidade de fórmulas newtonianas conscientes.

Robô Humanoide: Visão e Toque em Ação

O robô do MIT, projetado por Alberto Rodriguez e equipe, replica esses traços humanos. Equipado com câmera para mapear a torre em tempo real e pinças sensíveis como “dedos”, ele detecta estabilidade ao toque – empurrando, puxando e alinhando blocos com delicadeza.

Essa fusão de visão computacional e feedback tátil permite manobras precisas, imitando o “teste” que fazemos ao cutucar uma peça. “Jenga demanda domínio físico além do cognitivo”, explicou Rodriguez, enfatizando a inovação em robótica tátil.

Aprendizado Rápido Sem Dados Massivos

Diferente de IAs que devoram milhares de simulações, como no xadrez, esse robô aprende com poucas tentativas. Após 100 jogadas, ele identifica blocos viáveis e evita esforços fúteis, como forçar peças presas.

Nima Fazeli, autora principal, destacou: “Ele modela casos específicos, não um cenário universal”. Veja o vídeo do MIT para testemunhar a torre tremendo sob comandos robóticos precisos.

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