A presença de jogadoras brasileiras durante o campeonato de Pokémon TCG

O cenário competitivo de Pokémon TCG atrai jogadores dedicados, mas poucos conseguem viver exclusivamente disso. Laura Braga, jogadora desde os 12 anos, concilia torneios com sua carreira de engenheira de produção.

Ela participou do Latin American International Championship (LAIC) em São Paulo, disputando a categoria Masters. Para Braga, manter-se no circuito exige mais dedicação, disposição e investimento do que apenas habilidade.

Créditos: Reprodução Taku

O mercado competitivo cresce, mas a premiação da The Pokémon Company International (TPCI) cobre apenas os vencedores, enquanto viagens e inscrições ficam por conta dos jogadores.

Inclusão e liga Sisterhood

A comunidade feminina tem ganhado espaço. Braga comenta que existem grupos e ligas que tornam o ambiente mais acolhedor, aumentando a presença de mulheres nos torneios, especialmente em níveis amadores.

Gabriela Horta, jogadora iniciante, destacou a importância da liga Sisterhood. Por ser transexual, encontrou acolhimento e facilidade para adaptar seu nome no torneio, evidenciando avanços na inclusão no TCG.

Apesar disso, ainda há desafios: pessoas não-binárias relataram dificuldades em participar da liga feminina, mostrando que a inclusão ainda precisa ser aprimorada em alguns aspectos.

Preparação e desafios

Braga explica que o treinamento envolve o uso do Pokémon TCG Live, testando diferentes baralhos e estratégias. Ela acredita que entender a mecânica do deck é mais importante do que simplesmente buscar o baralho mais forte.

Segundo a jogadora, o Pokémon competitivo é um passatempo de adultos e não permite dedicação integral devido à limitação financeira. Muitos jogadores complementam a renda vendendo cartas ou oferecendo aulas.

Para a próxima temporada, Braga sugere transmissão oficial na América Latina, o que poderia aumentar o reconhecimento e o potencial de ganhos, tornando o cenário mais visível e atraente para novos competidores.

O LAIC evidencia o crescimento do Pokémon TCG no Brasil e a importância de iniciativas inclusivas, mostrando que, mesmo em um ambiente competitivo historicamente masculino, há espaço para diversidade e engajamento crescente.

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