O mercado dos boardgames no Brasil avança em ritmo acelerado

O mercado de jogos de tabuleiro tem ganhado destaque no Brasil, refletindo uma tendência global de crescimento. Segundo dados da consultoria Statista, em 2024, o setor movimentou mais de R$ 53 bilhões mundialmente. No Brasil, os jogos de tabuleiro passaram a representar 13,1% das vendas de brinquedos, um aumento significativo em relação aos 9,1% registrados em 2017, conforme a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

Este crescimento tem incentivado pequenos negócios e empreendedores a explorar o mundo dos jogos analógicos. No entanto, o setor ainda enfrenta desafios significativos, como a alta concorrência, custos elevados de produção e a necessidade de educar o público sobre a diversidade de jogos disponíveis.

Quais são os desafios enfrentados pelos empreendedores de jogos de tabuleiro?

Empreender no mercado de jogos de tabuleiro no Brasil envolve superar uma série de obstáculos. De acordo com Eúde Cornélio, gestor nacional de TIC e Games do Sebrae, um dos principais desafios é equilibrar o desenvolvimento criativo com a viabilidade financeira. O processo de criação de um jogo demanda tempo, testes e inovação constante para manter o engajamento dos clientes.

Além disso, os empreendedores precisam lidar com os custos de produção e distribuição, que podem ser elevados. No entanto, quando o retorno do investimento é alcançado, tanto em vendas quanto em reconhecimento de mercado, o esforço se mostra recompensador.

Como os empreendedores brasileiros estão desbravando o mercado internacional?

Fel Barros é um exemplo de empreendedor que decidiu explorar o mercado internacional. Após trabalhar na CMON, uma das maiores editoras de board games dos Estados Unidos, Fel fundou a Samba Estúdios, focada em autores e artistas brasileiros. A empresa busca projetos no Brasil e no exterior por meio de financiamento coletivo, promovendo o cenário brasileiro de jogos de tabuleiro.

Outro exemplo é José Mendes, que optou por vender seus jogos para empresas estrangeiras. Seu sucesso, “Brazil: Imperial”, destaca-se no mercado internacional, onde a quantidade de cópias vendidas é significativamente maior. Para José, considerar o mercado externo é essencial para a sustentabilidade no setor.

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