O papel do dominó no tratamento de Alzheimer em idosos
Especialistas em geriatria e neurologia destacam o potencial de jogos simples na luta contra o declínio cognitivo associado ao Alzheimer. Uma jovem inventora do Distrito Federal, Maria Eduarda Brum, de apenas 16 anos, criou uma versão modificada do dominó que substitui números por figuras coloridas e emojis, facilitando a participação de idosos.
Esse projeto não só estimula a memória, mas também promove interações sociais, mostrando como criatividade pode transformar cuidados com a saúde mental.
O Nascimento de uma Ideia Revolucionária
Maria Eduarda, estudante dedicada, percebeu a dificuldade de idosos com Alzheimer em lidar com jogos tradicionais, que exigem raciocínio numérico complexo. Inspirada em desafios familiares, ela desenvolveu um dominó acessível, onde peças com desenhos vibrantes e expressões faciais substituem os pontos convencionais.
Essa adaptação torna o jogo intuitivo, permitindo que participantes associem imagens a memórias pessoais, como animais ou objetos do cotidiano, tornando as partidas mais envolventes e menos frustrantes.
Benefícios para a Cognição e o Bem-Estar
Jogos como esse ajudam a retardar sintomas do Alzheimer, estimulando áreas do cérebro responsáveis pela memória e pelo reconhecimento visual. A interação social gerada pelas rodadas reduz o isolamento, comum entre idosos, melhorando o humor e a autoestima.
Neurologistas apontam que atividades lúdicas promovem conexões neurais, potencializando a qualidade de vida. Para famílias, é uma ferramenta prática e econômica, sem necessidade de equipamentos caros.
Testes no Brasil e na Itália: Resultados Promissores
O projeto foi validado em testes clínicos no Brasil e na Itália, envolvendo grupos de idosos com demência leve a moderada. Participantes relataram maior engajamento e redução de ansiedade durante as sessões.
Dados preliminares indicam melhorias na concentração e na habilidade de formar pares, com feedback positivo de cuidadores. Esses resultados reforçam a eficácia do dominó adaptado como complemento a tratamentos médicos, abrindo portas para aplicações em centros de convivência.
