O que faz um jogo de tabuleiro ser considerado um eurogame?
No universo dos jogos de tabuleiro contemporâneos, um termo frequentemente mencionado é “eurogame”. Esses títulos, conhecidos por sua abordagem inteligente e pacífica, conquistaram fãs ao redor do mundo.
Mas o que exatamente define um eurogame? Vamos desvendar suas nuances, focando em elementos que os tornam únicos e atraentes para jogadores estratégicos.

Origem e Evolução do Conceito
Os eurogames nasceram na Alemanha nas décadas de 1960 e 1970, inicialmente chamados de “jogos de estilo alemão”. Embora o nome sugira uma origem europeia, o que importa são suas mecânicas inovadoras, não a geografia. Esses jogos se espalharam globalmente, influenciando o hobby de boardgames e criando um nicho para títulos que priorizam planejamento sobre caos.
Ao longo dos anos, designers como Vital Lacerda e Alexander Pfister elevaram o gênero, tornando-o sinônimo de qualidade. Hoje, eurogames representam uma parcela significativa do mercado, atraindo jogadores que buscam experiências profundas e equilibradas.
Mecânicas que Definam o Gênero
Uma marca registrada dos eurogames é a ausência de conflitos diretos. Em vez de batalhas militares, os jogadores competem indiretamente por recursos como moedas, trabalhadores ou cartas. Isso fomenta uma atmosfera colaborativa, onde a paciência e o planejamento são recompensados, ideal para quem prefere estratégia a agressão.
Outro aspecto crucial é a clareza no fim de jogo. Diferentemente de títulos tradicionais, como Monopoly, onde a duração varia e jogadores podem ser eliminados, eurogames têm condições de vitória definidas. Todos participam até o final, permitindo recuperações e estratégias tardias, o que mantém o engajamento alto.
A estratégia é o coração desses jogos. Rolagens de dados são raras, minimizando a sorte e enfatizando decisões calculadas. Elementos imprevisíveis existem, mas são controlados, como em jogos onde explorar novas áreas ou gerenciar recursos oferece surpresas calculadas.