Tudo sobre o mercado de jogos de tabuleiro no Brasil
O mercado de jogos de tabuleiro vive um momento de efervescência no Brasil, alinhado a uma tendência global de valorização das experiências offline. Em 2024, o setor movimentou mais de R$ 53 bilhões mundialmente, segundo a Statista, transformando hobbies em oportunidades econômicas.
No país, o crescimento é notável, com esses jogos representando 13,1% das vendas de brinquedos, conforme a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

Crescimento Acelerado e Potencial Econômico
De 9,1% em 2017 para 13,1% em 2025, o avanço reflete o interesse por diversão estratégica e social. Cartas, dados e tabuleiros não são mais nicho: viraram produtos acessíveis, impulsionados por famílias e jovens em busca de alternativas às telas.
Esse boom incentiva empreendedores, que veem no setor um nicho rentável. A Abrinq destaca que a pandemia acelerou o interesse, com vendas online facilitando o acesso a títulos variados, de clássicos a inovações temáticas.
Desafios para Empreendedores no Setor
Empreender nessa área exige superação de obstáculos. A alta concorrência, custos de produção e distribuição elevados são barreiras iniciais. Além disso, educar o público sobre a diversidade de jogos – além do Monopoly ou War – é essencial.
Eúde Cornélio, gestor de TIC e Games do Sebrae, enfatiza o equilíbrio entre criatividade e finanças. Manter o engajamento dos clientes demanda inovação constante, como expansões e novos lançamentos. Apesar das dificuldades, o retorno em vendas e visibilidade motiva persistência.
Designers Brasileiros Conquistando Espaços
O talento nacional brilha no cenário. Fel Barros, após experiência em uma grande editora americana, fundou a Samba Estúdios no Brasil. Focada em autores e artistas locais, a empresa usa financiamento coletivo para projetos nacionais e internacionais, democratizando a criação.
Outro destaque é José Mendes, de Brasília. Seu jogo “Brazil: Imperial”, de gerenciamento de recursos, foi vendido para empresas estrangeiras, ganhando prêmios e reconhecimento global. Esses casos inspiram, mostrando que o Brasil pode exportar inovação.